quinta-feira, 10 de outubro de 2013

VÍDEOS: Bairro Independência, Porto Alegre

ARTIGOS: Relevo da Grande Porto Alegre

A maior parte da RMPA situa-se abaixo de 100 metros, caracterizando-se por uma extensa planície. Unidades elevadas são encontradas na porção sul da região (extensões do Escudo Rio-Grandense em Guaíba, Viamão e zona Sul de Porto Alegre, caracterizados por morros arredondados e de estrutura granítica), morros testumunhos em Sapucaia do Sul (Morro Sapucaia) e Gravataí (Morro Itacolomi) e as elevações da encosta do Planalto Meridional, na região de Ivoti, Dois Irmãos e Sapiranga (destaques para o Morro Dois Irmãos e o Morro Ferrabraz).

O relevo de planícies da RMPA encontra-se no contexto da Depressão Central, região caracterizada pela formação geológica através de sedimentos (de origem Paleozoica com rochas sedimentares, arenitos e silititos [Lindau, 2010]).

Estas planícies estão circundadas ao norte da região pela borda do Planalto, de estrutura basáltica.
O complexo de morros da zona sul de Porto Alegre caracteriza-se pela estrutura granítica. Apresenta uma espécie de pequena serra, com altitudes médias de 200 metros. O Morro Santana, localizado na zona leste da Capital, possui topo arredondado, e alcança 311 metros, sendo o ponto mais elevado do município.

Canoas é uma cidade plana, com pequenas ondulações, assim como Esteio, Cachoeirinha e Eldorado do Sul, Triunfo e Glorinha. Já Novo Hamburgo apresenta um distrito um pouco mais elevado, a Lomba Grande. Gravataí (Morungava e Itacolomi) e Montenegro (Morro São João) são outros destaques no que diz respeito a pontos mais elevados. São Leopoldo, Campo Bom, Santo Antônio da Patrulha e Guaíba também apresentam alguma elevações. A região Carbonífera (São Jerônimo - Cerro Quitéria, extremo sul do Município e da RMPA) e Arroio dos Ratos) possui elevações significativas. Já em Charqueadas, o relevo é plano, com leves ondulações.

ARTIGOS: O Surgimento da RMPA

Com o desenvolvimento de Porto Alegre, as cidades vizinhas começaram a atrair contingentes populacionais oriundos de outras regiões, face à industrialização crescente, a partir dos anos 1960. Muitos municípios conquistaram infraestrutura e autonomia suficiente para sua criação.
 
Inicialmente composta por 14 municípios, a RMPA foi criada pela lei complementar federal nº 14, de 8 de Junho de 1973. As alterações na composição dos municípios integrantes foram efetuadas por diversos meios legais do Executivo do Rio Grande do Sul.

As chamadas cidades-dormitório, que são aquelas em que o trabalhador dorme na sua residência em um município e trabalha em outro, passaram a ganhar destaque e funções comerciais e industriais, atraindo empregos e gerando divisas e economia para os próprios municípios. Esse é o caso de, por exemplo, Alvorada, Cachoeirinha, Esteio e Sapucaia do Sul.

As cidades citadas tiveram grandes acréscimos em sua população, assim como toda a região. Canoas, por exemplo, possuía menos de 200 mil habitantes nos anos 1970. Hoje, a população canoense alcança os 330 mil. Alvorada tinha menos de 100 mil habitantes nos anos 1980; tem mais de 210 mil em 2009.

Cidades mais antigas, como São Leopoldo (fundação em 1824), Gravataí (fundação em 1763), Guaíba (fundação em 1926) e Canoas (fundação em 1939), ampliaram sua população. As empresas instaladas nos municípios da região ampliaram o PIB, geraram mais empregos e deu origem a obras de infraestrutura rodoviária, de transporte coletivos, de energia, saneamento, comunicações, segurança e serviços.

Municípios emancipados nos anos 1980 e 1990 se incorporaram à RMPA, como Glorinha (1988), Capela de Santana (1987), Eldorado do Sul (1988), Nova Santa Rita (1992) e Araricá (1995).

Uma consequência negativa do inchaço populacional da RMPA - e que é inerente aos principais centros urbanos do Brasil e do Mundo - é a insegurança, ocasionada pelas desigualdades e problemas sociais surgidos em decorrência do crescimento acelerado das cidades.